Segundo pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde Pública de Harvard e publicada na revistas Psychosomatic Medicine, os indivíduos mais otimistas tendem a ter maiores níveis de carotenóide como o beta-caroteno, por exemplo.
Ligações entre a saúde psicológica e física são comuns, mas a maioria das pesquisas ainda se focam em condições como a depressão e ansiedade. Segundo Julia Boehm, pesquisadora do estudo, os antioxidantes em níveis adequados são bons exemplos de funcionamento positivo do corpo, uma vez que eles ajudam a inibir a produção de radicais livres que danificam as células neurológicas e contribuem para o desenvolvimento de doenças.
Os pesquisadores avaliaram a associação entre otimismo e concentrações de antioxidantes em 982 homens e mulheres de meia-idade nos Estados Unidos, entre 1994 e 2005, para compreender uma série de fatores que influenciam a saúde física e mental dos americanos à medida que envelhecem. Os índices avaliados foram otimismo (expectativa geral de que o futuro será favorável) e mensurações das concentrações séricas de 9 tipos de antioxidantes (carotenóides e vitamina E).
Embora otimismo fora associado com um aumento nos carotenóides, encontrou-se também um aumento dos níveis de vitamina E – uma descoberta que corrobora com outros estudos que associaram fatores psicológicos e tocoferóis. Porém, esses compostos são dependentes de lipídeos, o que pode tornar a detecção das variáveis psicossociais mais difícil. O fato de pessoas mais otimistas possuírem hábitos mais saudáveis, como comer frutas e verduras, explica em parte a relação de otimismo e antioxidantes elevados. Considerá-los não explica totalmente a variação na relação, apontam os pesquisadores.
Embora não seja novidade que o otimismo proporcione melhor qualidade de vida e sugere hábitos de vida mais saudáveis por parte dos otimistas, a pesquisa inova ao fazer a associação com maiores níveis de carotenoides.